Durante a primeira metade do século XX, a ilha do Bororé, local que serviu como cenário principal em abastecer a cidade de São Paulo de carvão e lenha, quando a energia elétrica, gás de cozinha e o petróleo ainda não eram tão utilizados pela sociedade paulista, começava a desenvolver e crescer industrialmente.
Relatos de antigos moradores evidenciam que o local havia muitos animais selvagens, dentre eles: lontras, ariranhas, onças (suçuarana), antas, veados, castores, monos pacas e cotias. Hoje, sabe-se que outros animais ocuparam a área, atualmente, nomeada de Área de Proteção Ambiental (APA) e dentre os outros animais estão os esquilos, tatus, lagartos, bugios, capivaras, veados e gatos-do-mato.
A ilha do Bororé é um dos mais peculiares bairros do município de São Paulo e seu acesso principal se dá por meio de uma balsa que cruza a represa Billings, maior represa de abastecimento do Estado de São Paulo, tornando-se, de certa forma, isolada da grande metrópole.
Historicamente, nota-se que este isolamento proporcionou uma feição singular à paisagem de antigo bairro que, apesar de ser uma península, é conhecida como “Ilha” e, é um ótimo local para o lazer, desde passeios de barcos até observatórios de belos exemplares de pássaros, como a garça branca com seus abundantes ninhais.
A colônia paulista, fundada em 1829 com nome de colônia alemã, é uma das mais antigas histórias de colonização estrangeira do nosso Brasil. Ela contemplou diversos patrimônios que retrataram sua trajetória neste local. Alguns patrimônios foram tombados, como o Cemitério da Colônia (1840), mais antigo da cidade e primeiro cemitério protestante do país, e outros em processo de tombamento, como a Casa de Taipa (1870) e a Igreja de S. Sebastião (1904).
Destaca-se ainda na região da APA Bororé-Colônia a implantação de três Parques Naturais Municipais: Itaim, Varginha e Bororé, oriundos da compensação ambiental do Rodoanel Trecho Sul, obra iniciada em 2007 e ainda não finalizada.
