31 de dezembro de 2011

Oficina Adrião Bernades

  Oficina de Educação voltada ao Saneamento Ambiental  


  Projeto “ESTUDO DA CONTAMINAÇÃO POR METAIS E MICROBIOLÓGICO DA ÁGUA SUBTERRANEA (POÇOS) NA COMUNIDADE PESQUEIRA DE BORORÉ: SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO VOLTADA AO SANEAMENTO AMBIENTAL NO RESERVATÓRIO BILLINGS (SP)”, realizada pela ONG Atiboré e pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA/ PMSP).
  A Oficina de educação voltada ao saneamento ambiental aconteceu na Escola Estadual Adrião Bernardes situada na Ilha do Bororé, com as turmas do Ensino Fundamental II, com a presença de dois palestrantes: os educadores e biólogos Milana Rocha de Souza e MSc. Sérgio Leandro Araújo Silva pela Atiboré.
  O tema abordado foi a preocupação com a qualidade da água de consumo humano

Os educadores Milana e Sérgio com os alunos.

Após a conversa os palestrantes realizaram experimentos práticos para demonstrar como funciona um filtro (Figura 3) e como se mede o pH da água. As experiências foram realizadas com auxilio de um filtro simples construído pelo próprio palestrante, um kit de medição do pH de aquário e do suco do repolho roxo (Figura 4).



Figura 3. Demonstração do funcionamento de um filtro aos alunos.


Figura 4. Medição do pH da água com auxilio do suco do repolho roxo.




Depois das demonstrações os palestrantes passaram dois vídeos aos alunos, o primeiro mostrava uma gota de água vista pelo microscópio (Figura 5) e o segundo o ciclo da água. Eles ficaram impressionados com a quantidade de microorganismos que podem viver em uma minúscula gota d água e entenderam a importância de se ferver e filtrar a água.




Ao final da Oficina os alunos registraram sua opinião, formularam questões relacionadas com o tema abordado e receberam um folder explicativo sobre cuidados com a água de poços (Figura 6).
O projeto contou com a doação de cadernos da empresa Aster Produtos de Papel Ltda (Figura 7 e 8).





Doação dos Cadernos Aster


22 de dezembro de 2011

Responsáveis pelo Projeto


Nome Completo: Sergio Milani
                                 Presidente da ONG Atiboré
Contato:  smila@ymail.com


Nome Completo: Renata Bazante Yamaguishi
                                 Coordenadora do Projeto



Nome Completo: Sergio Hideo Yamaguishi
                                 Coordenador Técnico



Nome Completo: Márcia Maria da Silva
                             Responsável pela implementação de Oficinas de Educação voltada ao Saneamento Ambiental



Nome Completo: Jacqueline Penha Ribeiro
                                 Colaboradora volutária intermediadora da ONG e comunidade pesqueira da região



Nome Completo: Karina Okuma Santos
                                 Técnica de Divulgação e Pesquisa temáticas



 

A Instituição



Deste o inicio de 2003, uma parcela da comunidade da Península do Bororé e arredores, composta por proprietários de terras, de sítios de lazer e recreação, moradores, composta por proprietários de terras, de sítios de lazer e recreação, moradores, artesão, pesqueiro, pescadores artesanais, associação de bairros (Bororé, chácara Santo Amaro, Marilda, etc.), proprietário de barracas junto a balsa Bororé, proprietários de bares e restaurantes, trabalham junto a um programa que teve origem em 2.002, quando um proprietário de terras, que já conhecia a estrutura do Sebrae – Serviço de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo – solicitou ao mesmo que verificasse a possibilidade do desenvolvimento de um programa de turismo, junto a Península. Foram muitos cursos disponibilizados gratuitamente, foram capacitadas mais de 230 pessoas, buscando o curso mais apropriado e adequado para o momento, dentro do planejamento traçado. Entre estes, foi feito um curso para a montagem de uma associação ou cooperativa, tendo em vista o fomento, representatividade e organização do setor de turismo. Sendo fundada em 2004, a Associação de Turismo da Ilha do Bororé – ATIBORÉ, que é a parceira institucional do Sebrae, junto a Comunidade na região.

EXPERIÊNCIA:

                    Um resumo da principais atividades realizadas pela Ong ATIBORÉ.

                A Atiboré fez parte do conselho gestor da APA Bororé – Colônia (2006 a 2008); promoveu capacitação para o turismo de 255 moradores da comunidade local com cursos oferecidos pelo SEBRAE – SP; realizou mutirão de limpeza da área da 1ª balsa (12/12/2003) com 30 participantes; é membro integrante do conselho de Segurança  CONSEG –SP; propôs um projeto para adequação das barracas e revitalização do entorno da área da 1º balsa para subprefeitura Capela do Socorro – 31/08/2004; formou o 1º roteiro Ilha do Bororé – Represa Billings – de dezembro de 2004 a janeiro de 2006; realizou uma avaliação do roteiro turístico do Bororé – 19/03/2005 – com 21 participantes (membros do ATIBORÉ e representantes do SEBRAE, Institudo de Pesca (APTA/SAA)e SVMA – Secretaria do Verde do Meio Ambiente); realizou o FAMTOUR com o lançamento do 1º Roteiro ilha do Bororé – represa Billings – Dia 07/01/2006 – com 24 participantes (representantes de agências de turismo, imprensa especializada, SEBRAE e membro da ATIBORÉ); divulgou o 1º Roteiro da ilha do Bororé – Represa Billings no Jornal Notícia da Região e nos sites: Panrotas, Agência de Notícia do Sebrae, Sebrae São Paulo, Portal terra e PodcastingBrasil; Incentivou e realizou treinamento para a formação da Associação de Pescadores da Ilha do Bororé; ganhou a cessão de uma das casas da EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia – para a ATIBORÉ utilizar como Centro de Recepção ao Turista; realizou o estreitamento da relação da ATIBORÉ e Sebrae com a Subprefeitura da Capela do Socorro; Iniciou a discussão sobre a organização de comissão dos barraqueiros da 1ª balsa; Participou da feira de novos roteiros Turísticos e Artesanato Paulista do SEBRAE – de 03 a 06 e de 24 a 27/11/2005. Trouxe a  Uma Eleitoral na escola da Região, Além de ter parcerias com associações de pescadores na educação ambiental na represa com diversos roteiros.

13 de dezembro de 2011

Discussão com o leitor





“Ao realizar a coleta, percebi o quanto é complexo o preparo amostral, assim como a filtragem das amostras que é um pré-preparo analítico de campo... pensei que fosse bem mais fácil. Mas, percebo o quão importante é fazer essas analises da água para verificar sua qualidade e possíveis contaminantes de uma região onde fica a maior represa em questão – represa Billings, onde muitas pessoas, que moram ao redor, não recebem em suas casas uma água tratada e acabam por consumir águas de poços sem nenhum tipo de tratamento”.

“Também foi possível notar que o nível da água dos poços estava baixo, acredito que por ser uma época seca (isso vamos observar durante o projeto) e muitos ficavam próximos de suas residências e outros serviam para muitas casas, sendo do tipo “poços comunitários”. Outra observação importante é a presença de bananeiras em todos os locais visitados, que é considerada um filtrador natural da água”.


Durante os dois meses (agosto e outubro) ocorreram as duas primeiras etapas de coleta. Houve uma variação com relação à temperatura (mínima e máxima) e a precipitação do ano 2011.












1 de dezembro de 2011

Visita Técnica ao Parque das Nascentes em Salesópolis (SP)

No dia 23/10/2011 aconteceu a 2ª Oficina denominada “Visita Técnica ao Parque das Nascentes em Salesópolis (SP)” realizada pela Atiboré, com apoio da Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA).

A equipe do projeto acordou os pescadores e suas famílias bem cedinho para aproveitar um belíssimo domingo de muito sol!  Um ônibus de turismo passou pela estrada principal da Ilha do Bororé (Estrada de Itaquequecetuba) completando praticamente todos os seus 42 lugares com os pescadores artesanais e suas familias rumo à cidade de Salesópolis, interior de São Paulo.  Durante o percurso houve a palestra do tecnólogo em Aquicultura e Pesca Saulo Edy Kann da Rocha Santos e da professora e bióloga Milana Rocha de Souza que discorreram sobre a importância das águas subterrânea, sua formação e as possíveis formas de contaminação (Fotos 1, 2 e 3).




Fotos 1 e 2 – Início da “Visita Técnca ao Parque das Nascentes em Salesópolis.


Foto 3 – Palestra de Saulo e Milana no ônibus.


Nossa primeira parada foi na cidade de Mogi das Cruzes (SP) para o encontro com as guias da região (empresa Ecotur) e uma explanação foi dada sobre o Projeto “Tietê Vivo – Salesópolis” (Foto 4).
                                                                  Foto 4 – Explicação da Guia.                                                       

 Para entender um pouco sobre o projeto “Tietê vivo – Salesópolis”,  é importante observar o chamado “Cinturão Verde” (Foto 5) – uma área produtora de hortifrutigranjeiros que abastece os maiores centros populacionais do Brasil. Atualmente, a região,  conta com a tecnologia de países desenvolvidos, tais como Israel (irrigação por gotejamento em estufas), e muitos proprietários da região são descendentes de famílias japonesas. O cinturão verde compreende os municípios de Suzano, Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim e Salesópolis.


Foto 5 – Cinturão Verde.






Chegando à Salesópolis, fizemos uma parada para o almoço, e o local escolhido foi a  “Casarão Senzala” (Foto 6).  Esse local é um típico casarão de taipa, construído por volta do século 19, e que serviu por muito tempo como ponto de parada dos comerciantes vindos de São Paulo e Vale do Parnaíba que percorriam a rota conhecida como a “Rota do Sal” ou “Rota do Padre Dória”.

 Neste local, eram comercializados vários produtos, e destava-se a compra e venda de escravos. Os pescadores e seus familiares puderam conhecer a história desse local e também aproveitar, mesmo por pouco tempo, contemplaram a linda paisagem verde além de saborearem uma excelente comida caseira (Foto 7), servido ao modo “self-service”.


Sobre a história do local:

A construção do casarão foi dividida em duas partes, uma delas sendo com acabamento, ou seja, piso, forro, janelas, reboco, que, para a época considerava-se local apropriado para os brancos, enquanto a outra, o piso é de chão batido, sem nenhum acabamento.
 Acredita-se que nesse local eram colocados os escravos onde ocorria a “barganha” e compra e venda. Acredita-se também que, em análise mais apurada, que o “Senzala” não se tratava de uma verdadeira senzala, mas sim de um ponto que servia também para o comércio de escravos. Ainda no local encontram-se artefatos de ferro usados na época. Hoje o local guarda sua história, pois os proprietários procuram manter, dentro de suas possibilidades, a estrutura original. 

        Foto 6 – Explicação da guia no Casarão Senzala 






Foto 7 – Almoço no Casarão Senzala


Seguimos nossa visita técnica agora ao Parque das Nascentes (Foto 8). A história do nosso rio Tietê foi ouvida pela primeira vez por muitos visitantes, incluindo nossa comunidade pesqueira muito participativa (Foto 9).

Sobre a história do rio Tietê:
Apesar de o rio Tietê ter várias nascentes, uma delas é considerada a principal por estar mais alta (em relação ao nível médio do mar) que as outras, situa-se em Salesópolis na serra do Mar, a 1.120 metros de altitude e apesar de estar a apenas 22 quilômetros do litoral, as escarpas da serra do Mar obrigam-no a percorrer em sentido inverso, rumo ao interior paulista, atravessando o Estado de São Paulo, de sudeste a noroeste até desaguar no lago formado pela barragem de Jupiá, no rio Paraná, entre os municípios de Itapura (São Paulo) e Três Lagoas (Mato Grosso do Sul), a cerca de cinqüenta quilômetros à jusante da cidade de Pereira Barreto (SP).
O nome "Tietê" foi registrado pela primeira vez em um mapa no ano de 1.748 (mapa D'Anvile). As nascentes localizam-se no Parque Nascentes do Rio Tietê - Município de Salesópolis (SP). São cerca de 134 hectares, dos quais 9,6 já estão sob controle ambiental  (foram desapropriadas), protegendo as diversas nascentes que  formam o mais importante rio do Estado de São Paulo e que através da reversão das águas do Rio Pinheiros são bombeadas para a represa Billings,  onde se situa a Ilha do Bororé que é o local onde estamos realizando a analise das águas subterrâneas (foco de nosso projeto).
Atualmente, o rio Pinheiros ainda continua a ser bombeado para a represa Billings, porém, apenas quando há a possibilidade de se ter enchentes na região metropolitana, isto em épocas de chuvas.
A Constituição Paulista de 05.10.1989, no artigo 46 das Disposições Transitórias determinou que após três anos de sua promulgação seria cessado o bombeamento das águas do rio Pinheiros para a represa Billings. Na data prevista (04.10.1992), a medida foi tomada. 


                                                      Foto 8 – Entrada do Parque das Nascentes.                                              


  Foto 9 – Explicação da Guia no Parque.


Curiosidade – Sobre a Nascente
Localiza-se no bairro da Pedra Rajada, a dezessete quilômetros do centro de Salesópolis, junto a divisa com o Município de Paraibuna. O acesso se dá pela estrada SP-88 (Estrada das Pitas), onde se acessa uma estrada vicinal de seis quilômetros em terra batida que leva às nascentes.
Inicialmente a área era particular e teve sua flora original destruída. Tombado pelo Governo do Estado, a área foi reflorestada com mudas nativas, apresentando-se agora como floresta secundária.
As nascentes surgem entre rochas que acabam por formar um pequeno lago (Foto 10 e 11). A água do Tietê brota em três diferentes pontos e o lago formado é povoado por pequenos peixes, como os guarus.


Foto 10 – As três principais nascentes do Parque










Foto 11 – Chegada à nascente do Rio Tietê


Há poucos metros de sua nascente, um vertedouro permite medir o volume de água gerado pelo lençol freático. Destaca-se o elevado fluxo de água produzido pela nascente. Um mural no local fornece alguns dados da nascente do rio Tietê. Na data indicada, verificou-se que as nascentes produziram mais de três metros cúbicos de água por hora. Ao longo do seu trecho inicial, o Rio Tietê recebe a contribuição de vários afloramentos de lençol freático (nascentes), tornando-se um córrego de elevado volume de água.

Após as explicações dos guias, tivemos oportunidade de coletar uma amostra de água (Foto 12), onde pudemos analisar o pH da água e discutir juntamente com os visitantes um dos parâmetros de qualidade de uma água potável (Foto 13).



Foto 12 – Coleta da água da nascente.                               



                   Foto 13 – Análise e discussão da qualidade da água.

Após a visita ao Parque fomos visitar a Igreja Matriz da cidade (Foto 14). Os pescadores e seus familiares puderam ter instantes de meditação e apreciaram este importante e interessante monumento cultural e religioso.

Curiosidade:
A Igreja Matriz São José de Salesópolis está localizada na área central de Salesópolis e sua arquitetura é a mais vultuosa que a cidade pode avistar. Construída em 1908 e ocupando uma área de 2.125m2, é o marco principal da cidade que, com extrema aptidão para o turismo, atrai inúmeros visitantes que se dirigem para orar e contemplar a virtual beleza expressada em sua arquitetura (Foto 15). 




Foto 14 – Igreja Matriz de São José de Salesópolis          Foto 15 – Arquitetura do interior da Igreja.



No retorno para São Paulo, aproveitamos a oportunidade para fazer com que os participantes refletissem sobre a questão da preservação de nossos recursos hídricos e, levantamos questionamentos, como por exemplo: como uma água tão limpa em suas nascentes pode se tornar tão poluída enquanto atravessa os Municípios de Guarulhos e São Paulo e no final é bombeada para a represa Billings?


Agradecimentos Finais
A Associação de Turismo da Ilha do Bororé – ATIBORÉ, através de sua diretoria e associados participantes, agradece a todos que participaram desta oficina, a Prefeitura de São Paulo pelo financiamento através do FEMA, os pescadores e familiares, a coordenação e equipe técnica do projeto, guias, palestrantes, o motorista do ônibus (morador da Ilha do Bororé) que nos conduziu com extrema destreza e segurança, tanto na ida como na volta, a empresa proprietária do ônibus, que substituiu o primeiro ônibus logo que este apresentou problemas mecânicos, enfim, agradecemos a  todos que participaram deste evento e que agora se tornaram multiplicadores destes conhecimentos.